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Pombos

Vivem em média até os 15 anos. O casal que se reúne na época de reprodução constrói ninhos não muito sofisticados, onde chocam dois a três ovos brancos. Os columbídeos são em geral espécies cinegéticas, caçadas pela sua carne.

Podem atingir, em voo, velocidades de até 80 km/h, podendo voar em distâncias até 315 km sem se cansarem. Possuem o melhor sentido de orientação de todas as aves e também de todo o reino animal, podendo localizar os seus ninhos e/ou pombais a mais de 1000 km de distância. Conseguem também detectar sons a distâncias que nenhum outro animal consegue.

Um critério útil na distinção das várias espécies é o padrão de cores da cauda. São aves muito territoriais na época de acasalamento e alimentam-se de sementes de gramíneas e outras plantas herbáceas ao nível do solo. O seu estômago, em geral, contém bastante areia, que auxilia a triturar os alimentos.

Os pombos-comuns, também conhecidos como pombos-domésticos, ou pombos-da-rocha, os pais fornecem o ”leite de pomba”.  Este, por sua vez, é secretado pelas paredes da moela dos pais. Diluído em água, é o único alimento dos filhotes nos primeiros dias de vida, sendo que em seguida, a dieta é enriquecida com sementes semi-digeridas que os pais regurgitam diretamente no papo dos filhotes. É o “leite de pomba” que permite aos filhotes sobreviverem mesmo nas épocas de escassez de insetos ou outras fontes de alimentos.

Tal como todas as aves, os pombos nascem de ovos, que são nidificados pelo macho e pela fêmea. Como sinal de acasalmento, os pombos bicam-se mutuamente. A partir daí, são um casal. A parada nupcial consiste em o macho dançar para agradar à fêmea. Quando a fêmea põe os ovos, estes são chocados por ambos para dar origem a novas crias. Estas nascem completamente cegas, mas, rapidamente, evoluem. Ficam com os progenitores até aos 32 dias, altura em que começam a voar e deixam o ninho. Quando isto acontece, o casal volta a chocar mais ovos para dar origem a uma nova ninhada

Saúde pública e outros problemas

Vítimas habituais de viroses e outras moléstias, como a ornitose e a doença de Newcastle, os membros dessa família são hospedeiros de parasitas em sua plumagem. Entre eles, se distingue a mosca-do-pombo (Pseudolynchia canariensis) transmissora do hematozoário Hemoproteus columbae.

Sua presença pode ser considerada um problema ambiental, pois compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem. Até recentemente, 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos, tais como: histoplasmose, salmonella, criptococose. Mas, atualmente, vê-se como exagero esta atribuição de vetor de doenças: como exemplo, o Departamento de Saúde de Nova Iorque não tem nenhum registro de caso de doença transmitida por pombos a seres humanos. Contudo, é salutar que algumas recomendações sejam seguidas a fim de se evitar a aquisição de zoonoses provenientes de aves, bem como diminuir o risco de contaminação por parte das aves domésticas:

Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes de pássaros, restos de ninhos ou penas, utilizar luvas e uma máscara. Jamais remover a sujeira a seco, deve-se sempre adotar um meio de umedecê-la antes, para evitar a inalação de poeira contaminada.

Proteger os alimentos e rações animais do acesso das aves. Evitar que pombos da rua tenham contato com animais domésticos, sobretudo outras aves e gatos.