fbpx

Eficácia do controle de Pragas:  Os insetos causadores de problemas para homem:

Importância veterinária atacam os animais domésticos: a pulga do gato (Ctenocephalides felis felis), piolho da galinha (Manacanthus stramineus) e o berne (Dermatobia hominis);

Importância médica atacam ou competem diretamente com o homem, podendo ou não causar doenças: mosquito da dengue (Aedes aegypti), bicho-do-pé (Tunga penetrans), barbeiro (inseto dos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus, portador do protozoário transmissor da Doença de Chagas – Trypanossoma cruzi), piolhos da cabeça (Pediculus humanus capitis), barata americana ou de esgoto (Periplaneta americana), dentre outros;

Importância agrícola ou florestal: são aquelas que podem vir a comprometer a produtividade esperada das plantas destinadas a alimentação e extração, grãos armazenados, essências florestais e afins. Pode ser citado como exemplos o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), a lagarta da espiga do milho (Helicoverpa zea), mosca-das-frutas (Anastrepha spp.) e o besourinho do trigo (Tribolium castaneum);

Insetos rasteiros como ácaros, baratas e traças – são diversos os tratamentos com produtos químicos aplicados para a contenção das infestações, e o controle se torna extremamente mais simples caso se trate de uma infestação em ambiente fechado.

Tratamento de superfície: feito através da aplicação de uma calda inseticida de maneira uniforme sobre as superfícies e rodapés manualmente, de forma que os insetos que venham a transitar por esses locais acabem ficando impregnados com os cristais microscópicos de inseticida, levando-os para o local onde vivem, infectando todo o ambiente.

Tratamento localizado: feito através da aplicação com pulverizadores manuais de calda inseticida diretamente no esconderijo dos insetos

Tratamento do perímetro: feito através da aplicação de uma barreira química protetora ao redor do local infestado

Fumigação/expurgo: pastilhas de gás que são implantadas diretamente nas colônias de insetos.

Insetos voadores são mais complexos, uma vez que esse tipo de inseto não necessariamente possui uma rota fixa, por assim dizer, o que torna mais difícil uma aplicação de inseticidas em superfícies. Uma das técnicas aplicadas no combate a insetos voadores em ambientes fechados esta em saturar o ambiente com micro gotículas inseticida, que ficam em suspensão e são levadas a todos os pontos do ambiente pelas próprias correntes de ar ali existentes, indo até os esconderijos dos insetos.

O tratamento de perímetro é uma técnica utilizada no controle de pragas e que visa à aplicação de uma camada química protetora (aplicação de inseticida) ao redor da área alvo, demarcando um perímetro para que os insetos rasteiros não consigam adentrar. E antes de se suceder tal procedimento, as instalações devem ser inspecionadas e analisadas, buscando-se informações a respeito das possíveis pragas ocorrentes. A aplicação desse método impedirá a possível reinfestação por novos insetos rasteiro sem questão, mas não necessariamente combaterá também outros insetos rasteiros. Isso dependerá dos produtos utilizados nesse controle químico.

Processo de barreira química

A Barreira Química tem como finalidade implementar resistência química aos alicerces de construções. É um tratamento químico do solo visando proteção, ou seja, impede a entrada de espécies originárias do solo para dentro de estruturas de prédios e moradias (tratamento estrutural), mas podem ser utilizados também no controle de pragas rurais. Os organoclorados eram uns dos produtos químicos mais utilizados, porém pelo seu alto teor residual e risco toxicológico, seu uso passou a ser proibido.

A barreira química consiste na utilização de inseticidas líquidos, geralmente piretróides, neocotinóides e fenilpirazol. São feitas perfurações ao redor das residências, baseando-se principalmente na associação do sistema de infiltração, que avalia a capacidade de drenagem e a pulverização. A proteção direciona-se não só ao solo, mas fundamentalmente à base da estrutura da construção. A barreira química só é pertinente quando existe certeza que o lençol freático ou outro curso de água não será contaminado. O tratamento do solo por inseticida é utilizado por firmas comerciais especializadas no controle de cupins e tem por objetivo excluir esses insetos e proteger a construção. Apesar do processo não ser uma prática comum no Brasil, essa barreira química é uma técnica muito útil e preventiva na construção de prédios. Os cupinicidas utilizados nessa barreira são eficientes porque oferecem um efeito cascata na colônia, um cupim contaminado pode acabar com até 1000 outros da sua espécie. Isso porque o produto é rapidamente transferido de um para outro durante o processo de troca de conteúdo bucal, hábito comum desse inseto.

O tratamento do solo por inseticidas é uma das formas mais utilizadas no controle desses cupins, embora esse tipo de tratamento não elimine a colônia e apenas funcione como uma barreira química entre a área construída e os cupins. Essa barreira química também não evita que cupins alados (reprodutores), popularmente conhecidos como aleluias e siriris infestem prédios na época de revoada, nas chamadas infestações aéreas, construindo seus ninhos em caixotes perdidos, e espaços vazios, os quais normalmente estão preenchidos com restos de madeira da construção. Estes espaços constituem o ambiente ideal para ninhos desses cupins, pois apresentam pouca luminosidade, muito alimento e certo grau de umidade. Os grupos químicos disponíveis para o controle de cupins podem ser repelentes, como os piretróides, ou não repelentes, como o fenil pirazol (fipronil). Porém, o despejo de grandes quantidades desses inseticidas em ambientes urbanos tem sido motivo de preocupação pública, pois seu uso frequente e em grande quantidade causa sérios problemas de contaminação ambiental.

Uma estratégia moderna e alternativa para o controle de cupins subterrâneos é o uso de iscas, que tem uma quantidade mínima de inseticidas.

Processo de polvilhamento

Os métodos de aplicações de inseticidas variam de acordo com a finalidade do tratamento, do tipo de formulação e do local de aplicação, nesse caso uma parte da planta. Os métodos mais importantes são o polvilhamento, a pulverização e a fumigação.

A pulverização ou aspersão é um método no qual os inseticidas são aplicados diluídos em líquido, sendo a água o meio mais comum. Por exemplo, é utilizado no interior de residências e outras construções.

A fumigação é a operação em que são aplicados gases, e estes podem estar na forma gasosa, líquida (liquefeitos) ou sólida (gases solidificados).

O processo de polvilhamento, assunto deste item, é muito utilizado na agricultura. É um método no qual os inseticidas (com formulação em pós secos) são aplicados a seco nas plantas, tendo como veículos pós inertes, que são resíduos que devido às suas características, não sofrem alterações físico-químicas e, às vezes, pós não inertes. Para exemplificar, são utilizados como veículos: talco, caulim, bentonita, terra füller, carbonato de cálcio, enxofre etc. Quando se emprega enxofre, que é um veículo não inerte, sua função é combater os ácaros.

Esses produtos são aplicados de duas maneiras: através de polvilhadeiras, ou diretamente da embalagem, pois o produto neste caso tem uma formulação que permite ser distribuído diretamente na lavoura, sem necessidade de diluição. Estas duas maneiras devem ser realizadas ao abrigo de correntes de vento. O método de polvilhação nada mais é do que cobrir de pó, espalhando com polvilhadeira. O pó aplicado percorre quase toda a área interna do local tratado, eliminando as pragas existentes. No polvilhamento, os produtos utilizados são pós secos e pós molháveis. Os pós secos servem somente para polvilhamento. Os pós molháveis podem também ser utilizados no polvilhamento, mas são de maior custo e na maioria das vezes são utilizados na técnica de pulverização.