fbpx

Mosquito-Pernilongo

Por serem hematófagos, os mosquitos estão entre os maiores transmissores de doenças. A fêmea é quem pica, pois precisa de sangue antes de reproduzir-se. A boca do macho é muito fraca para dar a picada, e ele alimenta-se apenas do suco das plantas. A fêmea com uma probóscide de sete sub-seções (bico que ela usa pra sugar o sangue), é responsável pela disseminação de duas das maiores doenças da humanindade: a malária e a febre amarela.

Quando encontra a pessoa através do dióxido de carbono que sai dos pulmões, o pernilongo pousa sem ser percebido na pele. A fêmea insere a ponta de sua probóscide, que funciona como uma seringa de injeção de dois sentidos. Um tubo injeta saliva anticoagulante e o outro suga o sangue.

A infecção ocorre quando o mosquito é portador do parasita da malária ou dos microorganismos da febre amarela. As duas doenças são transmitidas por diferentes tipos de mosquitos. Há mais de 200 espécies de mosquitos anofelinos que podem hospedar e transmitir a malária, mas somente a espécie aedes pode transmitir a febre amarela. A espécie aedes foi a responsável por epidemias que dizimaram milhares de pessoas na África e na América do Sul, antes que o transmissor fosse identificado.

A espécie aedes também pode transmitir a dengue. Pernilongos são ovíparos. Os ovos do mosquito só se desenvolvem na água. Mesmo os ovos de espécies que vivem em áreas secas ficam adormecidos até cair uma chuva, que acelera a conclusão dos seus ciclos de vida antes que a seca retorne. Quando se descobriu a necessidade de água nessas fases da vida do mosquito (larva e pupa), muitos esforços foram feitos para o controle dos mosquitos da malária, drenando-se grandes trechos de água ou despejando óleo neles para sufocar as larvas.

Os mosquitos da febre amarela são muito mais difíceis de serem combatidos porque se reproduzem em minúsculas áreas com água, como canaletas no telhado, tanques para água da chuva ou até mesmo cascas de coco. Também são mais difíceis de serem detectados no interior das casas. 
Foi desenvolvida uma vacina contra a febre amarela, mas a doença ainda está longe de ser erradicada.

Pernilongo

Bem diferente do transmissor da dengue, ele não tem manchas brancas nas pernas. Se alimenta de sangue, e como se pode ver, o pernilongo da foto ao lado está bem abastecido de sangue.

É no crepúsculo ou à noite que atacam. O pernilongo macho vive principalmente de néctar ou seivas vegetais. Mas a fêmea precisa de um complemento de proteínas em sua dieta, para produção de ovos. As plantas em geral contêm pouca proteína. Mas, como os mosquitos só podem alimentar-se de líquidos, através do tubo de sua probóscide, as fêmeas precisam absorver proteínas suspensas em algum líquido. Para isso, o sangue de mamíferos (inclusive o homem) ou de aves e até de anfíbios é uma fonte ideal. E, então, as fêmeas atacam como vampiras.

A picada quase não doi. Quando a fêmea espeta a probóscide na pele, ela injeta uma substância anestésica que, ao mesmo tempo, impede o sangue de coagular. A probóscide e a traquéia são tão finas que o mecanismo de coagulação do sangue logo entraria em ação e o mosquito não poderia sugá-lo. 
Mas, alguns minutos depois, o anestésico começa a provocar uma reação defensiva do organismo atacado. Seguem-se a coceira e a inflamação, reações tipicamente alérgicas que em muitas pessoas acabam até formando feridas.

As fêmeas do pernilongo põem na água blocos compactos de minúsculos estojos que contêm os ovos. Depois de flutuarem durante alguns dias. Os ovos afundam e vão liberando as larvas que se formaram.

Machos atraídos pelo zumbido da fêmea Os ouvidos do mosquito se chamam órgãos de Johnston e ficam na base de suas duas antenas. Esses órgãos permitem que ele sintonize os sons emitidos pela fêmea à procura de um companheiro.